Bodega tradicional de Pisco em Lunahuaná, Peru, com botijas de cerâmica e árvore florida no jardim

Lunahuaná: aventura, Pisco e boa comida perto de Lima

Pra quem gosta de esportes de aventura e curte conhecer lugares menos óbvios, recomendo colocar na sua lista de passeios próximos a Lima o pequeno povoado de Lunahuaná, em Cañete.

A mais ou menos três horas de carro saindo da capital, em direção ao sul, está esse lugar que reúne boas opções de aventura, produção de Pisco e boa comida.

Mesmo dormindo apenas uma noite em Lunahuaná, deu para aproveitar bastante. Fui com meu marido e três filhos e, nos nossos planos, a prioridade era fazer canotaje — o rafting no rio Cañete.

Aventuras no rio Cañete

Organizamos nosso passeio com uma agência local, indicada pelo hotel onde nos hospedamos, o La Confianza. Por 50 soles por pessoa (cerca de R$77), descemos as corredeiras do rio em um trajeto de aproximadamente uma hora. Prepare-se, porque o esforço dos braços equivale a uma boa sessão de musculação!

Mesmo ficando um pouco dolorida, valeu cada minuto. É bastante divertido seguir os comandos do guia, que orienta quando remar, parar e até mesmo se ajoelhar no bote, quando as pedras do rio provocam ondulações mais fortes.

Além do rafting, as possibilidades de esportes de aventura em Lunahuaná incluem arvorismo, tirolesa, passeios a cavalo e quadriciclo. No nosso caso, escolhemos esse último e, confesso, como mãe de três meninos que curtem velocidade, adorei — embora tenha pedido pro meu motorista (meu filho de 13 anos) maneirar no radicalismo.

O circuito de quadriciclo margeia o rio Cañete, por estradinhas de terra batida, garantindo belas vistas da paisagem local. Esse passeio também organizamos com a agência parceira do hotel.

Pisco e tradição local

Como disse, foi uma viagem curta, mas tempo suficiente para agradar as crianças e os adultos. Próximo à pracinha central, onde há uma simpática igrejinha e aquele clima interiorano, fica a Bodega La Reina de Lunahuaná, fundada em 1863, que ainda mantém a produção artesanal de Pisco.

Para conhecer como se produz a bebida símbolo do Peru, basta entrar e fazer o tour, que é gratuito — embora seja recomendável deixar uma “propina” (a gorjeta) no final.

Curiosidade: nos meses de fevereiro e março acontece a vindima, e os turistas podem acompanhar os trabalhadores pisando nas uvas, como antigamente.

Se quiser saber mais sobre o processo de produção do Pisco, o site oficial do Peru Travel explica tudo com detalhes.

Onde comer e o que provar

No meu caso, fiz as refeições no restaurante do próprio hotel, embora haja alguns restaurantes à beira do rio. O prato mais conhecido da região é o chupe de camarones, feito com os camarões de rio, pescados ali perto.

No entanto, escolhi para o jantar um quinoto (como chamam o risoto feito com quinua). Veio acompanhado de aspargos, cogumelos e coroado por um camarão grelhado — um prato reconfortante, sabe?

No dia seguinte, preferi uma salada típica de Arequipa, chamada Solterito, mas que no hotel veio com uma adaptação para celebrar o ingrediente mais famoso da região: o camarão do rio.

Para quem não conhece, o Solterito leva habas (favas) frescas, pedacinhos de tomate, cubinhos de queijo fresco, milho peruano, azeitonas e, neste caso, camarões. Leve, refrescante e super saborosa.

Para acompanhar minhas duas refeições, em cada dia escolhi um Pisco Sour diferente: um de aguaymanto e outro de ají limo, ligeiramente picante e bem interessante. Recomendo ambos!

Um fim de semana entre natureza e sabores

Essa mini aventura de final de semana valeu demais pra conhecer um pouco mais do Peru — e espero que te anime a planejar uma viagem pra cá.

Já sabe: eu te ajudo a montar o roteiro personalizado, escolher os hotéis mais charmosos e indicar restaurantes e comidinhas que vão deixar sua viagem ainda mais gostosa. Para entrar em contato comigo, me segue no Instagram.

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